Categoria: Tratamento Clínico Otorrino

A otite média crônica simples caracteriza-se por uma perfuração na membrana timpânica causada por infecção do ouvido médio ou por perfuração traumática não cicatrizada. Essa perfuração residual na membrana identifica o problema. Se a perfuração for ampla ou se houver comprometimento da cadeia ossicular, os pacientes com O.M.C. simples podem apresentar diminuição da audição. Além do comprometimento auditivo, podem apresentar otorréias eventuais (vazamentos de ouvido), que costumam ocorrer quando o paciente deixa entrar água no ouvido ou como sequela de gripe ou de alguma infecção de vias aéreas (IVAS). Por esse motivo, o paciente com O.M.C. simples deve ser orientado ... Leia mais

A O.M.C. colesteatomatosa ou colesteatoma é uma infecção crônica do ouvido. Possui um comportamento tumoral, embora não seja considerada tumor. A doença causa hipoacusia (diminuição da audição) e otorréia fétida quase constante no ouvido afetado. Caracteriza-se por uma invaginação de lamelas epiteliais para o interior do ouvido médio em direção à mastóide e tem um comportamento destrutivo (parecido com tumor). Chegar ao diagnóstico não é muito difícil para o otorrinolaringologista: um histórico minucioso e um exame otoscópico detalhado são suficientes. No entanto, para verificar a extensão da doença e fazer o planejamento da cirurgia é necessário o exame de T.A.C. ... Leia mais

A OMA recorrente é um verdadeiro drama para crianças, mães, pediatras e otorrinolaringologistas. Caracteriza-se por repetidas infecções agudas do ouvido médio. Isso ocorre por disfunção da tuba auditiva ou pela associação de doenças que provocam as infecções recorrentes. É nossa conduta iniciar sempre pelo tratamento mais leve (clínico), aconselhando a investigar e tratar possíveis fatores determinantes do problema e, conforme o caso, evoluir para tratamentos mais agressivos (cirúrgicos). Em alguns casos, mesmo em se tratando os fatores clínicos (doenças associadas) e realizando cirurgias (adenoamigdalectomia, colocação de tubos de ventilação), algumas crianças continuam apresentando otites e só melhoram depois dos 13, ... Leia mais

A otite média aguda é a inflamação do ouvido médio. Pode ser viral ou bacteriana e o uso ou não de antibióticos para tratamento desse problema é um assunto controverso e amplamente discutido pelos especialistas. A dor de ouvido é o sintoma característico da OMA. Essa dor é forte e ocorre frequente e simultaneamente a um quadro agudo de infecção das vias aéreas. O vírus ou bactéria ascendem ao ouvido médio através da tuba auditiva, saindo da região da rinofaringe e causando a infecção do ouvido médio. O diagnóstico costuma ser consequente à história clínica do paciente e a uma ... Leia mais

A Otite externa aguda é uma infecção localizada no conduto auditivo externo e provoca inflamação e dor nessa região. Esse é um problema causado, mais comumente, por água de praia e piscina; o que o faz aparecer mais frequentemente no verão. No entanto, pode aparecer, também, no inverno. E pode ser causado por motivos outros, tais como cutucar o ouvido com objetos atípicos (caneta, clips, palitos, etc). A dor à compressão é um importante dado a ser levantado, com relação ao diagnóstico correto da doença, visto que apertar a região do conduto (trágus) e comprimir a inflamação provoca dor. Essa ... Leia mais

A obstrução nasal crônica é a dificuldade de respiração pelo nariz. Nariz permanente ou constantemente entupido é sinal de alteração da fisiologia nasal e isso é um problema que pode se manifestar de dois modos: ou por um incômodo respiratório, por obstrução ou, mesmo que não ocorra esse incômodo, por um aumento no número de infecções (sinusites, faringites, IVAS). Uma história detalhada e um minucioso exame otorrinolaringológico devem ser efetuados. Para uma melhor avaliação da cavidade nasal, é nosso costume solicitar ao paciente com obstrução nasal crônica o exame de videonasofibroscopia. Em alguns casos, julgamos necessário pedir também uma tomografia ... Leia mais

O nódulo das pregas vocais – ou “calo” vocal como é conhecido popularmente – é a lesão mais comum que acomete os profissionais da voz: cantores, professores, profissionais de tele atendimento, etc. É uma lesão tipicamente traumática: acomete o terço anterior das pregas vocais e, no diagnóstico, quase sempre é bilateral (apresenta-se nas duas pregas vocais). Como quase todas as afecções das pregas vocais, a rouquidão é o sintoma típico. O diagnóstico é realizado através da história clínica do paciente e da laringoscopia. O tratamento inicial é a fonoterapia por três meses, na tentativa de reduzir o nódulo. Se ele ... Leia mais

A mononucleose é uma doença sistêmica causada pelo vírus Epstéia-Bahr. Caracteriza-se pelo aumento do baço, localizado na porção central esquerda do abdômen. Febre, mal-estar geral, linfonodomegalia e placas brancas fibrinosas, que atingem as amígdalas palatinas em toda a extensão (ver figura), são os principais sintomas. O diagnóstico é clínico e quando realizado pelo otorrinolaringologista, é quase sempre tratado como amigdalite aguda bacteriana grave, com uso de antibióticos, anti-inflamatórios e analgésicos antitérmicos. Como a doença é viral e costuma ser de longa duração (de 10 a 14 dias), o uso de antibiótico não resulta em nada; impede apenas que complicações bacterianas ... Leia mais

A mastoidite, considerada um processo infeccioso grave ou complicação, necessita de avaliação e de tratamento imediato. É a infecção da mastóide, região localizada na porção posterior do ouvido médio. O sinal característico dessa patologia, quase sempre secundária a uma infecção aguda ou crônica do ouvido médio, é o abaulamento do retro auricular provocado pela infecção no local. O diagnóstico costuma ser feito pelo especialista através do histórico do paciente e do exame otorrinolaringológico. Além disso, deverá ser requisitada uma tomografia computadorizada para avaliação do problema e da região afetada. O tratamento é clínico e cirúrgico, fazendo-se necessária uma drenagem da ... Leia mais

As lesões estruturais mínimas, como o próprio nome diz, são lesões mínimas que acometem as pregas vocais. São divididas em três grupos: os cistos intracordais, os sulcos vocais e as pontes mucosas. Essas lesões são ditas estruturais mínimas pela dificuldade de se fazer o diagnóstico que, muitas vezes, só é feito no próprio ato cirúrgico. O sintoma dessas lesões é o sinal predominante das lesões das pregas vocais, ou seja, disfonia (rouquidão). Quando o paciente apresenta queixa de disfonias de repetição e, no exame de videolaringoscopia ou videolaringoscopia com estroboscopia, não se detecta nada, pode apresentar uma lesão estrutural mínima ... Leia mais