A fratura nasal é secundária a um trauma nasal. Para conduzir de maneira mais efetiva o problema e o caso do paciente, é preciso definir alguns aspectos na avaliação. E a conduta pode ser bastante variável.
Depois do trauma, o paciente – em geral – refere dor na região nasal. Cabe ao otorrinolaringologista determinar se existe ou não a fratura. Nos casos mais extremos, de grande deformidade nasal, torna-se desnecessário o exame para comprovação: é óbvio que ocorreu a fratura.
Na maioria das vezes, no entanto, não existe deformidade importante. Ocorre normalmente um inchaço na região do nariz. À palpação cuidadosa, verifica-se se há ou não crepitação (estalos). Se houver crepitação, há fratura. Em caso negativo e, para melhor avaliação, pode-se solicitar um RX de ossos nasais.
O único cuidado que é preciso ter, nas primeiras 48 horas, é a verificação da ocorrência de hematoma de septo. Em caso de hematoma, faz-se uma drenagem imediata, para evitar complicações (destruição da cartilagem septal).
Se houver feridas abertas na pele – ou escoriações – essas devem ser tratadas, também de imediato. Nos primeiros sete dias, recomenda-se a aplicação de gelo e medicação antiinflamatória. Uma posterior avaliação nasal definirá a conduta adequada.
Para melhor verificar a região nasal interna, após esse período de sete dias, solicita-se uma videonasofibroscopia. Esse exame, juntamente com a avaliação da parte externa nasal, definirá a conduta a ser adotada. Se a videonasofibroscopia não mostrar variação importante da anatomia nasal interna e a pirâmide nasal (parte externa nasal) não apresentar deformidades, mesmo existindo fratura, aconselha-se não realizar qualquer procedimento cirúrgico, deixar que a fratura cicatrize espontaneamente.
Por outro lado, se houver – ao exame da parte interna nasal – expressiva deformidade anatômica (desvio do septo nasal) ou uma deformidade da pirâmide nasal (parte estética), tem-se indicação cirúrgica para correção do problema e para evitar que se torne permanente ou que, depois, sua correção seja mais traumática.