A Videolaringoscopia é um exame muito importante para a investigação da região da hipofaringe, da laringe e das cordas vocais. É realizado por meio de uma fibra rígida de laringe acoplada a uma fonte de luz e uma microcâmara e ligada a um aparelho de monitorização da imagem (monitor ou TV).
Trata-se de um procedimento de difícil realização dentro da faixa etária pediátrica; mas pode ser realizado em crianças colaborativas. Para minimizar o reflexo nauseante durante o exame, pode-se utilizar, antes do início, uma borrifada de spray de Xylocaína na região da orofaringe (garganta). Ainda assim, algumas pessoas apresentam intenso reflexo, tornando difícil e, algumas vezes, impossível a realização do exame.
Nesse tipo de paciente, a fibra rígida pode ser substituída pela fibra flexível da videonasofibroscopia. Além disso, o exame pode ser feito pelo nariz, chegando até a região da laringe.
Inúmeras doenças – agudas e crônicas, de tratamento clínico ou cirúrgico – podem ser investigadas pela videolaringoscopia, que serve para investigação da doença e, ainda, para acompanhar a evolução do tratamento. Diagnóstico e acompanhamento de tratamento de lesões na região da laringe, provenientes de danos em outras regiões, como a doença do refluxo gastroesofágico, são muitas vezes detectados através da videolaringoscopia.
A rigor, esse exame pode ser solicitado sempre que houver dúvidas no diagnóstico e, também, quando houver problemas na região abaixo da orofaringe, onde o otorrinolaringologista não consegue visualizar, mesmo com uma boa oroscopia.
Antes da tecnologia chegar para auxiliar os médicos no diagnóstico e no tratamento dos pacientes, o exame dessa região era realizado pela visualização através de um espelhinho introduzido na faringe (garganta), com a iluminação proveniente de um espelho frontal. Certamente, hoje, mais detalhes podem ser verificados através da videolaringoscopia e, muitos diagnósticos que poderiam passar despercebidos, podem ser realizados.