A otosclerose ou otospongiose é uma doença caracterizada por perda progressiva de audição do tipo condutiva, uni ou bilateral.
Embora não se saiba o motivo, a doença atinge, predominantemente, mulheres em período de pós-parto. A proporção é de três mulheres para cada homem afetado pela doença. Ainda que raramente, crianças também podem ter otosclerose.
A doença é de incerta evolução. Por conseguinte, para acompanhar essa evolução, é indispensável a realização anual do exame audiométrico. Se o médico assistente julgar necessário para o embasamento do diagnóstico, poderá solicitar exames como a imitanciometria.
Dependendo do caso, a otosclerose pode, também, atingir o ouvido interno e provocar perda de audição mista ou sensório-neural. O tratamento pode ser expectante, cirúrgico, ou através da aplicação de aparelho auditivo. E, em função do caso, deve resultar de uma decisão conjunta entre paciente e médico.
Não há qualquer medicamento que auxilie, comprovadamente, na evolução da otosclerose. Em caso de a perda auditiva começar a interferir em sua qualidade de vida, o paciente poderá optar entre a cirurgia do ouvido e o uso do aparelho auditivo. Ambos os procedimentos tem prós e contras. Caberá ao médico assistente apresentá-los para que o paciente faça a sua escolha.
Dentre vantagens e desvantagens, deve salientar que a cirurgia – mesmo em mãos experientes – não exime o risco de piora na audição, podendo até provocar surdez ao paciente, ao passo que o aparelho auditivo não tem risco algum de piora. Por outro lado, usar um aparelho de audição pode ser incômodo para o paciente.
Se se traçar um paralelo com o problema da miopia, o mesmo dilema se apresenta: usar óculos ou operar a vista?