A Otite média secretora é uma doença predominante em crianças com dificuldades respiratórias, respiradoras bucais e com aumento das adenoides. É uma doença silenciosa; ou seja: não causa dor; e, normalmente, a hipoacusia (diminuição da audição) é o único sintoma.
O diagnóstico pode ser feito com facilidade por um otorrinolaringologista experiente, através de uma boa história clínica; da audiometria, que poderá confirmar a perda auditiva; e de um exame otorrinolaringológico minucioso.
O diagnóstico costuma ser feito, em geral, em decorrência de os pais – ou a escola – relatarem que a criança não escuta direito; não entende facilmente o que os outros falam; escuta televisão muito alto; e, mais raramente, que apresenta dificuldade respiratória.
Em adultos, quando ocorre OMA (otite média aguda) secretora unilateral, sem história de infecção prévia, faz-se necessária uma avaliação detalhada da rinofaringe – mais precisamente do óstio da tuba auditiva – para verificar a existência de obstrução mecânica do óstio. Para uma melhor avaliação, o exame de videonasofibroscopia pode tornar-se imprescindível.
O tratamento deverá ter como meta preferencial combater a causa -geralmente a hipertrofia (aumento exagerado) das adenoides.
Outras causas dessa doença são: sequelas de otite média aguda, de quadros de infecção de vias aéreas, faringites, sinusites. Quando são essas as causas, o quadro clínico é passageiro; e, normalmente, o problema se resolve espontaneamente, após dias ou semanas.
Por outro lado, conforme o quadro clínico da criança, além da retirada das adenoides, fazem-se necessários alguns procedimentos cirúrgicos em conjunto – tais como a retirada das amídalas – e, dependendo do caso, uma timpanotomia para aspiração do líquido do ouvido médio – com ou sem colocação de tubo de ventilação.