Hipoacusia, por definição, é diminuição da audição. Para que se possa efetivar o diagnóstico, quando o paciente refere esse problema, deve-se focar alguns pontos de importância fundamental. Há causas facilmente detectáveis; há outras que não o são. É preciso que o paciente informe se o sintoma se apresenta em um ou em ambos os ouvidos. E, também, que especifique há quanto tempo surgiu a diminuição. Além disso, deve precisar se, antes disso, ocorreu algum fato, alguma doença.
O exame otoscópico mostra o ouvido externo e o médio. Por conseqüência, pode excluir ou determinar algumas causas. A mais comum delas para uma perda súbita é a rolha de cera e isso pode ser resolvido facilmente ( ver doenças: rolha de cera ).
Outras causas, como otites externas e médias, podem também causar perdas. E, também, são facilmente identificáveis e solucionáveis.
Causas de ouvido interno são mais complicadas. Nesses casos, o médico se orienta pelo exame audiométrico: descobrir o tipo de perda vem auxiliar sua conduta. Perdas de audição de causas de ouvido externo e médio são do tipo condutivo; perdas em ouvido interno são sensório-neurais.
Dependendo da causa e da intensidade do problema, há certa dificuldade em solucionar as perdas sensório-neurais. Entre elas, as unilaterais devem ser mais bem investigadas. Nesse caso, a história clínica é bastante importante. As perdas bilaterais devem-se, normalmente, a doenças sistêmicas, à idade avançada ou à predisposição genética do paciente.
Conforme a intensidade da perda, se houver incômodo significativo existe sempre a possibilidade do uso da prótese auditiva (aparelho de audição).
Na perda de audição, é imprescindível evidenciar que, exceto em casos de surdez total, quase sempre há como ajudar o paciente a ouvir melhor, seja tratando a doença de base ou, conforme o caso, através de cirurgia ou de aparelho. Ao perceber a perda ou diminuição de sua audição é importante que o paciente procure seu otorrinolaringologista e converse com ele sobre perda auditiva e reabilitação.